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«Green Premiums» – O grande problema das Alterações Climáticas

  • Foto do escritor: RockandRolla
    RockandRolla
  • 28 de fev. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 7 de set. de 2021



Nos últimos tempos têm sido cada vez mais os artigos, suplementos, livros, opiniões e dados concretos que se atravessam à minha frente sobre o problema das alterações climáticas. Talvez por isso tenha decidido perceber o que é que a Greta Thunberg andou a fazer de veleiro à volta do mundo.


Tive que escolher um caminho e decidi apostar no Bill Gates já que acabou de lançar um novo livro sobre o tema: “Como Evitar um Desastre Climático”.


Segundo o próprio é o maior problema com que a humanidade já se viu confrontada até hoje, ao ponto de termos de considerar esta pandemia que vivemos um problema de fácil resolução.


Começando pelo princípio: a sobrevivência da humanidade está intimamente ligada a gazes com efeito de estufa que sobreaquecem o planeta. Se não fizermos “rapidamente” algumas coisas para resolver este aquecimento o nosso planeta vai deixar de fornecer à humanidade o habitat que a permite sobreviver.

Alguns dados necessários a ter em conta sobre as emissões de gases de efeito de estufa globais:



As 5 áreas essenciais para chegarmos às emissões zero:


Sejamos realistas: o mundo emite semelhante quantidade de emissões com efeito de estufa porque as tecnologias baseadas em combustíveis fósseis são, de longe, as mais baratas e

como é óbvio, os seus preços não refletem os dados ambientais que infligem.


Por exemplo: 4,5 litros de combustível para a aviação custa, nos EUA, €1,88; se usássemos biocombustíveis o preço seria de €4,39 pelos mesmos 4,5 litros. Ora, é irreal pensar que alguma empresa optará pelos biocombustíveis com uma tão grande diferença de preço em relação ao combustível fóssil.


A esta diferença de preço entre o que estamos habituados a pagar e o que teremos de pagar pelas alternativas verdes, Bill Gates chama «green premium» - e é exatamente aqui que temos que concentrar a investigação, a inovação e todos os esforços necessários para reduzirmos a morte lenta que o planeta está a viver.


Os «green premiums» têm que baixar consideravelmente em todas as áreas que emitem gases de efeito de estufa, mas isso só acontecerá se a investigação científica e a inovação tecnológica se centrarem neste problema e houver um investimento sério por parte do Ocidente nesta matéria.


As renováveis e as mudanças de estilo de vida não são suficientes para chegarmos ao objetivo zero. Os automóveis e a eletricidade são 1/3 do problema. Áreas como o fabrico de aço, cimento e até a aviação estão completamente desprovidas de inovação em relação às alternativas verdes. Precisamos de progresso tecnológico para reconstruir todas estas indústrias e isso não acontecerá se não se disponibilizarem orçamentos nesse sentido.


Zero emissões significa que temos de olhar para as várias áreas e para os vários países.


Neste momento, o sobreaquecimento da Terra virá sobretudo dos países em vias de desenvolvimento se considerarmos que, em 2020, ainda são 860 milhões de pessoas que não têm acesso adequado à eletricidade. Onde não há eletricidade não há desenvolvimento, não há vacinas refrigeradas, não há escritórios nem fábricas nem call-centers, etc. E para que o desenvolvimento destes países seja sustentável precisamos que seja feito de forma verde.


Temos que perceber e aceitar que vai custar dinheiro mudar a imensa economia erguida sobre tecnologias sujas que emitem carbono para outras de emissões zero.


A par dos compromissos de redução de emissões a curto prazo (Acordo de Paris) precisamos que os países desenvolvidos, principalmente a Europa e os EUA, tenham em conta orçamentos para a investigação científica e para a inovação tecnológica das várias áreas que concentram o problema. É preciso trabalhar neste sentido em todas as atividades que geram emissões e isso tem que ser feito em todos os países, incluindo aqueles onde ainda não se satisfizeram as necessidades básicas. A estes países não lhes podemos pedir que consumam menos, mas podemos criar as inovações viáveis para que implementem as alternativas verdes.


O problema das alterações climáticas é enorme, é grave e extremamente difícil de resolver. A necessidade de pôr em prática um plano realista que abranja o mundo inteiro é talvez o maior desafio que a humanidade já enfrentou e, uma coisa é certa, se não investirmos já na redução dos vários «green premiums» vamos falhar a missão mais importante das nossas vidas e de todas as que se seguirem.


É por isso que lembrar a Greta e as suas «Fridays for Future» - faltar às aulas às sextas feiras em prol de manifestações pelo ambiente - é tão importante. É urgente que toda a gente exija que os governos tracem planos para reduzir os «green premiums» e contemplem essa necessidade nos seus orçamentos para a investigação e a inovação.



Teresa Rolla




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