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O Mundo em 2040 - Os desafios que o planeta enfrentará [Courrier Internacional]

  • Foto do escritor: RockandRolla
    RockandRolla
  • 21 de jan. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 1 de mar. de 2021




Os desafios que o planeta enfrentará, em 2040, são enormes. Crescimento demográfico, urbanização galopante, aquecimento global, escassez de recursos.





EUA


Nos Estados Unidos, o sistema governamental e os instrumentos de política externa serão instrumentalizados por clãs que lutam pelo poder. Já não procuraram coordenar-se com os seus aliados, pelo contrário exercerão pressão sobre estes e utilizá-los-ão para responder aos seus interesses imediatos.



EUROPA OCIDENTAL


A União Europeia pode afundar-se mas um eixo franco-alemão ou uma liderança alemã sobre países-satélites verificar-se-á a partir de Berlim. A UE continuará a ser um dos principais destinos dos refugiados vindos de África, Médio Oriente e Ásia (mais de um milhão de pessoas por ano). Haverá tendência para o desmembramento de países do Velho Continente com a independência das regiões mais prósperas (Escócia, Catalunha, Véneto, Flandres, etc.). Isto a par do enfraquecimento das instituições de Bruxelas em benefício da descentralização. Uma nova guerra fria com a Rússia não é de todo descartável. Os muçulmanos vindos de África e do Médio Oriente constituem entre 15 e 20% da população europeia. Aumento de zonas reféns m da doutrina onde a vida se rege pela lei islâmica: serão aos milhares e albergarão milhões de pessoas. O espaço Schengen vai ser abolido por causa do fluxo de migrantes. Os judeus abandonarão a Europa e partirão para Israel e para os EUA. Os países dos confins da União Europeia (Grécia, Itália, Espanha) tentarão conter o fluxo migratório por via militar erguendo muros.


RÚSSIA


Elevado nível de corrupção, baixíssimo grau dos quadros superiores. O país evoluirá para um modelo latino-americano: as forças de segurança, as autoridades políticas e o crime organizado estarão imbricado; agravam-se cada vez mais as diferenças de desenvolvimento das regiões. O nível de contestação continuará baixo. O país atrairá milhões de refugiados da Ásia Central e do Cáucaso do Sul: estes migrantes contribuirão para a islamização do país. A Rússia tornar-se-á um importante exportador de armas e de drogas no mercado mundial.


CÁUCASO E ÁSIA CENTRAL


Escalada do islamismo radical com colapso dos Estados. Possível regresso da organização da sociedade à forma de clã, com elevados níveis de corrupção, poder oligárquico, tráfico de droga e ameaças terroristas relevantes. Declínio da agricultura devido às alterações climáticas, destruição dos ecossistemas, conflitos fronteiriços gerados pela partilha dos recursos hídricos.


MÉDIO ORIENTE


Enfraquecimento da soberania de todos os Estados com exceção do Irão, Turquia e Israel. Desagregação do Iraque, da Síria e da Arábia Saudita. Igual cenário para o Afeganistão e, eventualmente, Paquistão. Criação de entidades territoriais díspares curdas, drusas e alauitas. Corrida ao armamento, incluindo nuclear; Reforço político do islamismo radical: consolidação do poder nas zonas dominadas por grupos armados sunitas, como o Daesh no Médio Oriente. Guerra total entre xiitas e sunitas por toda a região. Genocídios contra as minorias religiosas e étnicas. Democracia islâmica como único modelo político, com excepção de Israel e da República de Chipre. O Irão e a Turquia serão imperialistas e concorrentes pela liderança do mundo islâmico.


ÁFRICA

Aparecimento de territórios não reconhecidos internacionalmente. Corrida aos armamentos, incluindo atómicos (África do Sul e Nigéria). Fixação territorial do islamismo radical, sobretudo por zonas ocupadas por grupos armados sunitas, como o Boko Haram ou a milícia Shabaad. Guerras santas entre cristãos e muçulmanos. Declínio da agricultura, agravado pelas alterações climáticas. Fome, epidemias, desertificação, destruição irreversível de ecossistemas. Crescimento demográfico exponencial associado a uma descida bruta do nível de vida devido à escassez de recursos naturais.


CHINA


Dentro de 25 anos a China será uma super-potência concorrente dos EUA em termos de influência. Poderio militar (exceptuando as armas nucleares) comparável ao dos EUA, com um número de efectivos maior. Aumento do nível de vida e do custo do trabalho, mesmo continuando a China a ser a “fábrica do mundo”. Modernização da agricultura e da indústria, desenvolvimento das reformas da educação e das ciências. Conquista do espaço. Paralelamente, agravamento dos problemas ecológicos em todo o país.


AMÉRICA LATINA

Parceira e concorrente dos EUA. Vários movimentos paramilitares e terroristas, tráfico de droga e criminalidade. Corrida ao armamento, incluindo nuclear. Crescimento da produção industrial e da agricultura, exploração de recursos naturais e do turismo em paralelo com um aumento de produção e de exploração de energia. Agravamento dos problemas ecológicos.




[Excertos retirados da publicação "Courrier Internacional - Os Dias do Amanhã" Setembro 2016]

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